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Cirurgia Revisional Bariátrica


O que é a cirurgia revisional?

Na cirurgia bariátrica revisional, é realizado a modificação ou reparo de uma cirurgia para tratamento da obesidade já realizado anteriormente. Pacientes cuja cirurgia bariátrica prévia produziu resultados indesejáveis, insatisfatórios ou desapontadores são os mais frequentes candidatos à cirurgia revisional. Muitas cirurgias de perda de peso mais antigas foram associadas a uma alta taxa de revisão.


Indicações de cirurgia revisional 

Existem diversas situações em que uma cirurgia de obesidade precisa ser revisada.

As situações que podem indicar revisões são:

Pacientes que não se adaptaram a técnica utilizada e necessitam de conversão para outra técnica ou desfazer a cirurgia.

Excesso de perda de peso e/ou anemia/desnutrição: pacientes submetidos a uma derivação jejunoileal (alteração do comprimento intestinal) frequentemente chegaram a sofrer de diarréia crônica e problemas nutricionais graves. Quando realizadas, essas cirurgias muitas vezes precisam ser revisadas ou revertidas.

Hérnia de hiato e doença do refluxo gastroesofágico intratável clinicamente.

Aderências ou hérnias internas: deslocamentos internos do intestino, com ou sem fixação que necessitam de correção por videolaparoscopia. Podem ocorrer após qualquer cirurgia abdominal inclusive na Cirurgias da Obesidade.

Problemas Técnicos/Anatômicos – alterações como: Retirada de anel em cirurgia tipo Fobi-Capella, Fistula Gastro-Gástrica (comunicação entre o estômago pequeno e o estômago excluso, interferindo na perda de peso), estômago muito grande/dilatado, desvio intestinal muito extenso, levando a complicações e limitações importantes na qualidade de vida.

Reganho de peso/retorno do diabetes 2 – Este item necessita de muito cuidado, pois nem todos os pacientes devem ser reoperados. Esse grupo de pacientes deve inicialmente ser avaliado por equipe multidisciplicar (nutricionista, psicólogo, endocrinologista, psiquiatra), afim de avaliar e identificar a origem da falha terapêutica. 

Após a cirurgia bariátrica, em torno de 20% dos pacientes voltam a ganhar peso. Popularizada como reganho de peso, na verdade o nome correto é recidiva da obesidade, uma vez que a obesidade é considerada uma doença crônica. A recidiva da obesidade é multifatorial, pode ocorrer por problemas anatômicos (na cirurgia) ou por problemas comportamentais, ou seja, uma alimentação inadequada, problemas emocionais, falta de atividade física ou excesso de ingesta alcoólica.

Deve-se entender que o procedimento cirúrgico é a última opção no arsenal terapêutico para determinadas doenças. Em casos selecionados, liberados pela equipe multidisciplinar, a reoperação pode ser considerada.

O paciente deve saber que existem hoje diversas soluções que podem ser realizadas por equipes experientes. Entretanto, a cirurgia não deve ser banalizada, tem riscos e só deve ser realizada quando todas as outras opções terapêuticas se esgotaram.


Tratamento

A cirurgia bariátrica revisional é geralmente mais complexa que a operação inicial. Em mãos de um cirurgião bariátrico experiente, a cirurgia revisional pode melhorar o resultado e reverter os efeitos indesejados das operações anteriores. A análise multidisciplinar avalia cuidadosamente cada paciente utilizando toda a gama das ferramentas radiológicas e endoscópicas. 

O preparo pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica e metabólica. No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames endoscópicos, radiológicos e laboratoriais, além de passar em consulta com a equipe multidisciplinar: cirurgião bariátrico, endocrinologista, cardiologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

Assim como na cirurgia bariátrica convencional, a operação pode ser feita da forma minimamente invasiva, sem cortes através de instrumentos da videolaparoscopia, com furos pequenos no abdome. No casos complexos, a maior segurança e precisão da cirurgia robótica é notória, tendo assim uma rápida evolução no pós operatório, menos dor, menor tempo de internação e diminuição do risco de infecção.


Procedimentos revisionais possíveis

Conversão de Sleeve Gástrico para Bypass Gástrico;

Revisional Bypass Gástrico para Bypass Gástrico com revisão de “pouch”gástrico, tamanho das alças de intestino alimentar e biliopancreática e anastomoses gastrogástrica e jejunoileal;

Conversão de Bypass Gástrico para Sleeve para reversão de desnutrição;

Retirada de anel pós cirurgia Capella;

Re-Sleeve(refazer o Sleeve gástrico quando encontra-se dilatado por falha técnica na primeira cirurgia ou dilatação);

Conversão Cirurgia Lazzarotto e Souza para Sleeve Gástrico com retirada de anel intestinal;

Conversão Cirurgia Lazzarotto e Souza para Bypass Gástrico com retirada de anel intestinal; 

Cirurgia Scopinaro para Bypass Gástrico;

Conversão de Duodenal Switch para Bypass Gástrico;

Conversão de Banda Gástrica para Bypass Gástrico;

Duodenal Switch para reversão de desnutrição;

Cirurgia Scopinaro para reversão de desnutrição;


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